
Possuir um sistema elétrico de qualidade é tão importante quanto investir em aparelhos econômicos ou de última geração
Ambientes residenciais e empresariais possuem um empecilho em comum, a conta de luz. Para que o funcionamento dos ares-condicionados não esbarre nesse obstáculo, é preciso se atentar aos seguintes pontos:
Quer entender mais sobre esse assunto? Continue no nosso artigo.
Há tempos pessoas físicas e jurídicas buscam alternativas para amenizar a utilização de energia elétrica, recurso cada vez mais indispensável para o funcionamento da sociedade. Em 2018, um levantamento desenvolvido pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE), a pedido do G1, revelou que a tarifa média de consumidores residenciais subiu 31,5% entre 2014 e 2017.
Em janeiro de 2020, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) divulgou uma lista indicando uma estimativa de custo por esse insumo ao redor do mundo. Segundo a amostragem, o Brasil é o sexto país que mais desembolsa dinheiro por esse elemento, chegando a R$ 402,26 por MW-h, 46% superior à média internacional. Em 2014, a nação ocupava a 11ª posição nesse mesmo quadro.
Em outras palavras, o cenário piorou consideravelmente, e muitos indivíduos têm buscado maneiras de driblar essa crescente. Investimentos em energia renovável estão se tornando cada vez mais comuns e acessíveis, mas algumas ações práticas podem ajudar a reduzir esses gastos de maneira extremamente dinâmica.
Existe um erro muito comum no mercado de consumo brasileiro referente a manutenção preventiva de produtos, muitas vezes desconsiderada como algo necessário. No entanto, esse hábito pode estender consideravelmente a vida útil de diversos artigos, como ares-condicionados e sistemas de energia.
Por isso, esperar problemas técnicos não deve ser sequer considerado – é como dizem os mais velhos, melhor prevenir do que remediar. Profissionais capacitados para a realização dessa tarefa são abundantes, principalmente em grandes centros urbanos.
Entre todos os pontos apresentado nessa lista, é provável que esse seja o que melhor possa ser desenvolvido. Afinal, cada aparelho eletrônico pode ter seu funcionamento aperfeiçoado através de hábitos de utilização mais conscientes.
Os ares-condicionados, por exemplo, devem ser usados respeitando sua capacidade – espaços maiores exigem produtos mais potentes, e vice-versa. Além disso, também devem ser incluídos como itens a serem vistoriados em manutenções preventivas, pelos mesmos motivos que citamos anteriormente. Em geral, esses objetos devem ser vistoriados a cada seis meses, tempo que muda se alterar caso haja contato com chuva, sol e outros elementos naturais.
Além desses aspectos técnicos, é possível trabalhar essa vertente por meio da conscientização. Em ambientes residenciais, esse processo é mais simples, uma vez que conversas podem ser o suficiente para transmitir essas ideias de melhora.
No entanto, no meio corporativo esse ponto se faz muito mais trabalhoso. Para ensinar um grande número de pessoas, podem ser necessárias palestras, dinâmicas e outros investimentos consideravelmente altos, mas que devem se mostrar efetivos a curto, médio e longo prazo.
Em linhas gerais, a ideia desse tópico é a mesma do primeiro, porém seu foco é mais amplo. Assim com antes, é necessário direcionar aplicações a profissionais dedicados, que estejam familiarizados com essas revisões, sejam elas para pessoas físicas ou jurídicas.
Esses especialistas são capazes de identificar problemas que podem gerar diversos prejuízos financeiros e estruturais. Em entrevista ao Estado de Minas, o engenheiro eletricista Sérgio Mourthé, gerente de relacionamento comercial com clientes da Companhia Elétrica de Minas Gerais (CEMIG), alertou para alguns problemas relacionados ao consumo de energia.
Segundo ele, aparelhos que consomem muita energia, como os ares-condicionados, não devem ser conectados em tomadas comuns, visto que podem sobrecarregar as instalações elétricas do espaço em que estão inseridas.
Ele ainda destaca a possibilidade de desgaste de extensores, que podem ser mais caros do que parecem. Conforme o engenheiro, “(…) na maioria das vezes, nós usamos e peça [conhecida como “T”] para multiplicar a capacidade da tomada, que é projetada para determinada carga. Se você começa a ligar vários equipamentos e deixa que eles funcionem simultaneamente, vai gerar um aquecimento no cabo e criar um ponto de fuga”. Além de custoso, esse escape é perigoso e pode gerar acidentes.
Segundo Sérgio Mourthé, parte desse risco também está relacionado a manutenções realizadas de maneira inadequada, utilizando materiais impróprios como esparadrapos ou fita crepe. O profissional explica que “(…) a energia elétrica é esperta e preguiçosa, pois sempre procura o melhor caminho possível para chegar {a terra. Então, começa a passar por qualquer brecha que encontre, em vez de passar por onde deveria, que é o fio”. Ele conclui destacando que “(…) isso gera fugas e, consequentemente, uma conta mais cara”.
Por ser um produto com alto consumo de luz, qualquer instabilidade nesse meio pode gerar resultados em seu funcionamento. Por isso, justamente para evitar essa imprevisibilidade, é necessário seguir todos os pontos que apresentamos anteriormente, para diminuir os riscos de desgaste e aumentar a vida útil de todos os aparelhos elétricos da sua residência ou empresa.
Vale destacar a validade da elaboração de metas de redução, que podem se restringir a diminuição do consumo ou a substituição de fornecedores, optando por energia renovável. Porém, em todos esses casos, é sempre necessário ouvir e estudar essas aplicações ao lado de especialistas.
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