
A estação mais fria e seca do ano preocupa médicos e infectologistas
O pico da primeira onda da pandemia aconteceu no inverno do ano passado, entre junho e setembro. A preocupação se apresenta pelo fato de que doenças respiratórias aparecem com maior facilidade nesse período, além da menor ventilação de ar nos ambientes.
De acordo com o médico libanês Ali Mokdad, professor do Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington, e responsável pelo modelo estatístico adotado pela Casa Branca, o Brasil poderá alcançar 611 mil mortos até agosto deste ano e o inverno contribui significativamente para esses dados, já que o vírus é sazonal.
Para o médico, uma preocupação é o surgimento de novas variantes que torne as vacinas menos eficientes. Com isso, os números de casos devem aumentar descontroladamente. Além disso, com a quantidade de vacinas disponíveis, não devemos alcançar a imunidade de rebanho até o início do inverno.
Segundo um estudo realizado pela universidade britânica King’s College de Londres, a estação mais fria pode piorar os sintomas da covid-19, levando em consideração que um dos sintomas mais graves do coronavírus é a falta de ar. A estação, que apresenta características de clima seco e baixa umidade do ar, colabora para o desenvolvimento de outras doenças respiratórias, como é o caso da asma, sinusite, rinite, resfriados e gripes.
Outro dado levantado é de que países que começaram a enfrentar a pandemia nos meses de verão apresentaram melhores resultados de controle da propagação do vírus.
Em entrevista para uma rede pública de televisão da Alemanha, o médico e cientista Miguel Nicolelis ressaltou o fato de que no último inverno, os Estados Unidos chegaram a quase 300 mil casos de contaminações diárias. Além disso, uma grande preocupação de Nicolelis é o desenvolvimento de uma crise funerária, onde o Brasil não apresentaria suporte necessário para lidar com grandes quantidades de corpos, o que pode desencadear infecções secundárias, bacterianas, que podem contaminar solos, lençóis freáticos, o suprimento de água das cidades, etc. Se estabelecida, essa crise poderia levar anos para acabar.
Nicolelis também levantou a apreensão sobre o desenvolvimento da pandemia durante o inverno, em uma entrevista ao jornal Extra. “O inverno está chegando. Muita pouca gente está falando disso. O inverno está chegando e foi no inverno do ano passado que o Brasil teve o pico da primeira onda. Dessa vez, nós tivemos uma explosão no verão. Não estão se dando conta de que o inverno está chegando em poucas semanas.”, alertou.
No Brasil, o número de mortes por covid-19 em 2021 supera todo o ano de 2020. A média de mortes diárias está em mais que o dobro do ano passado, foram cerca de 672 pessoas por dia, considerando os 290 dias entre o primeiro óbito e o último dia do ano. Em 2021, a média já ultrapassa 1.700 mortes diárias.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus, independente da temperatura ou estação do ano. É importante estar alerta aos sintomas e se prevenir usando máscaras e lavando as mãos.
Apesar dos sintomas similares, a covid-19 possui características diferentes de outras doenças do trato respiratório. Confira:
Alguns sintomas são mais comuns do que outros, é importante ficar atento e buscar orientações médicas, em caso de suspeita. Algumas pessoas relatam que os sintomas deixaram diversas sequelas mesmo após o período de quarentena.
Os resfriados duram em média uma semana e podem ocorrer diversas vezes durante o ano.
Pode durar mais de uma semana e, para evitar, é ideal se vacinar anualmente.
Normalmente, a asma aguda dura menos do que três semanas.
Uma crise de rinite pode durar entre sete e dez dias.
Em uma crise de sinusite, os sintomas duram no máximo por quatro semanas.
Aqui no blog da Summer Cool Facilities já demos dicas sobre o assunto, mas vale repetir que o inverno é o momento para realizar as manutenções em seu aparelho de ar-condicionado já que ele é menos usado, salvo os aparelhos que dispõe da função quente.
Veja aqui.
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